Comemorados 50 anos da Instalação da Câmara Municipal de Agudo
Descerramento da Placa Memorial
A Câmara Municipal de Agudo realizou sábado, dia 06, na Esplanada do Monumento, em Cerro Chato (interior do Município), o ato solene que abriu a VI Semana Legislativa. Realizado no dia em que Agudo completou 50 anos, a solenidade constou do acendimento do Lume Memorial pelos ex-vereadores Ademir Kesseler e Ernido Geis, colocação de coroa de flores no Monumento ao Imigrante Alemão, pela ex-vereadora Dori Laura Müller Paul e pelo Vereador Stefhan Stopp e culminou com o descerramento da Placa Memorial, contendo a transcrição da primeira ata da Câmara Municipal: a Ata de instalação do Município de Agudo, com posse dos Vereadores, do Prefeito e do vice-Prefeito Municipais. A solenidade, realizada às 10h00, contou com a presença de todos os vereadores da 13ª legislatura, ex-vereadores, Secretários Municipais e munícipes. Prestigiaram o ato a primeira primeira-dama do Município, Senhora Jessy Berger e o líder emancipacionista e segundo Prefeito Municipal de Agudo, Hildor Max Losekann. O evento contou, também, com ato religioso, presidido pelo Pároco Católico, frei João Germano Sulzbach e pelo Pastor Luterano Henrique Guilherme Scherer.
O Presidente da Câmara, Vereador Valério Trebien fundamentou o fato de o ato comemorativo do cinquentenário ser realizado junto ao Monumento ao Imigrante: "Esta proclamação devia ser feita em um lugar que tivesse vinculação histórica. Nesta condição, um só lugar teria, talvez, significação idêntica. Refiro o prédio da Avenida Concórdia, 2.505 que, em 1959, era de propriedade da empresa Losekann. Naquele recinto, em 06 de junho de 1959, foi montado um cenário de gala e, às 14h00 daquele dia o Juiz Eleitoral, doutor Danilo Frasca, cumprindo com sua missão institucional, presidiu o ato de instalação do Município de Agudo, empossando os primeiros Vereadores e o primeiro Prefeito e vice-Prefeito.
O dia 06 de junho de 1959 tornou real o sonho que os cachoeirenses-agudenses e os superenses-agudenses da época acalentavam. Um sonho que passou para terreno do ideal foi eleito como meta e perseguido por anos a finco. O povo não mais queria continuar como Vila Agudo, dependente de Cachoeira; a Nova Boemia, que tinha ligação com a Vila Agudo, desejava aderir ao novo município, separando-se de Sobradinho, cidade longínqua e de difícil acesso.
Quem acalentou este sonho? Quem se empenhou para que saísse do campo das hipóteses; do pode ser, do quem sabe um dia, do seria bom. Quem assumiu definitivamente o trabalho de reverter o quadro de abandono à que o povo estava relegado pelos municípios-mãe de Cachoeira e Sobradinho?
Foram, senhores, descendentes de imigrantes alemães que fundaram a Colônia Santo Ângelo aqui em Agudo, precisamente aqui, neste pedaço de chão que agora pisamos.
Estar, portanto, na Esplanada do Monumento, junto ao marco maior da memória dos imigrantes, para festejar o nascimento do Município de Agudo, autônomo e soberano, é ligar o fato presente com a história do povo que a ele deu origem."